"Eu sou muito apaixonado pelos meus amigos. A minha paixão por um amigo é
quase igual à paixão por uma mulher. Eu os amo profundamente. Não tenho
a menor dúvida de que a sensação de amor é a mesma. Eu acho que filho,
amigo, irmão, amante é tudo a mesma coisa em termos de quantidade e
qualidade de amor. Porque só existe mesmo um único amor, uma só forma de
amar, uma única e só energia amorosa que nos faz amar de jeito
diferente com cada pessoa, com o tipo de relacionamento que desejamos,
livremente, ter com ela. A Natureza nos deu toda uma gama de
possibilidades de exercer o amor que vai da genitalidade à
espiritualidade. É muito bom poder viver toda essa gama de
possibilidades amorosas com toda a gama de possibilidades de pessoas que
vamos encontrando por aí...".
quinta-feira, 23 de julho de 2015
domingo, 19 de julho de 2015
Trecho do livro "Ame e Dê Vexame", de Roberto Freire.
"A gente é monogâmico só quando o amor está bom demais. Se ele fica bom, quer dizer, normal, a gente se torna logo poligâmico. Agora, quando está bom demais, não há como pensar em outras coisas, querer outras pessoas. Ficamos ali mergulhados naquela experiência, querendo aprofundá-la, vivê-la por inteiro. Isso deriva daquele negócio da gente, se quer a liberdade, não poder ser uma coisa só. Fritz Perls tem uma frase de que gosto muito: 'Deus me livre das pessoas de caráter.' É que as pessoas de caráter são únicas, não mudam, não evoluem, têm obsessão pela coerência. E a vida não é assim. Na vida você tem de aparentar muita incoerência para poder viver todos os seus lados. Eu me sinto uma incoerência só, hoje em dia. E assim vivo muitas experiências, amo de mil maneiras mil pessoas, e sigo o que a Natureza me impõe. Sem entrar em um modelo, viver a moda, obedecer a padrões. Estou vivendo meus impulsos, minhas funções vitais que às vezes coincidem com as gerais e institucionalizadas, com as que foram classificadas; outras vezes, a maior parte das vezes, não, pareço maluco, dou vexames..."
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