Mostrando postagens com marcador democracia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador democracia. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Nossas urgências não cabem nas urnas,

certamente, mas quem foi que disse que caberia? Não podemos ser ingênuos de acreditar que a política com os seus limites irá resolver todos os nossos problemas, mas não é por votar que estaríamos dando carta branca para políticos fazerem simplesmente o que bem entenderem, muito pelo contrário, ao votar aumenta-se a responsabilidade de cobrar candidatos eleitos e continuar indo às ruas e participando dos movimentos sociais independentemente de qual seja o governo, pois apoiar algum candidato pontualmente não significa acreditar que as urgências cabem nas urnas, mas ter a noção de que no mundo em que vivemos algumas urgências dependem também do nosso voto para serem resolvidas e para evitar que algumas urgências fiquem ainda mais urgentes, então, na prática, votar acaba sendo o caminho menos pior, até mesmo porque não votar ou votar nulo não muda nada.

Para ler ao som de "Eu Protesto" - Gritando HxCx.

Resultado das urnas - Carlos Latuff 2014.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Não existe sistema político perfeito,

mas teoricamente a Democracia seria o menos pior porque possibilita que ela mesma seja sempre colocada em questão, pois a Democracia possibilita o espaço das opiniões contrárias também, ou seja, outros sistemas políticos que não possibilitam a liberdade de que eles mesmos possam ser questionados quanto a sua validade, são sempre totalitários, sectários, fascistas, ditatoriais, tirânicos etc., entretanto, na prática, o espaço democrático funciona apenas para algumas poucas pessoas que participam efetivamente em sindicatos, associações de moradores, na Câmara, nas Assembleias, no Parlamento, nos movimentos estudantis, nos movimentos sociais etc. e a grande maioria das pessoas não apenas não participam da vida política, como estão, a bem da verdade, indiferentes, apáticas, alienadas, conformadas, resignadas, de modo que, praticamente, a principal atividade social está quase sempre ligada não à política e sim à economia, com o consumismo massificado de coisas inúteis, descartáveis, fúteis, desnecessárias e assim a participação política, que deveria ser democrática, acaba por ser, na prática, anti-democrática, na medida em que não vivemos efetivamente em democracias, mas em ditaduras econômicas disfarçadas de democracias.

Para ler ao som de: Cova Rasa: Indústria Cultural.


Vote consciente - Arnaldo Branco.