sábado, 21 de maio de 2016

"Cara, já tentei suicídio yoga ypióca vodka dança natação brownie café séries astrologia fotografia esperanto vegetarianismo anarquismo cartomante candomblé tinder bike, sobrou só esse nó no peito, agora o que faço?" (Caio F. AbrEU, 2016.1).

terça-feira, 19 de abril de 2016

"Ontem, por incrível que pareça, todos os lugares que pisei eu te procurei. Fiquei feliz em poder sentir tua falta - a falta mostra o quão necessitamos de algo ou alguém. É assim o nosso ciclo. Eu te preciso. Perto, longe, tanto faz. Me faz bem pensar nessas atividades corriqueiras, que supostamente você está fazendo. Ah, e eu estou te esperando, com meu coração pulsando forte, e quero te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. É, eu gosto muito de ti."

Caio Fernando Abreu.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Para dar conta de tudo o que é necessário no engajamento com responsabilidade,

ou você é workaholic ou acaba ficando tudo pela metade e às vezes algumas coisas terminam antes de começar...

domingo, 18 de outubro de 2015

Às vezes a solidão é a melhor forma de resistência,

diante de um mundo massificado, consumido pelo consumismo, cheio de falsas utopias e da banalização da violência encarnada no cotidiano, a solidão tem a sua potência de resistência contra as hegemonias de forças que normalizam e padronizam tudo em enquadramentos que também buscam eliminar as singularidades, sendo a solidão uma forma de ruptura que busca um espaço de fuga dos padrões massificantes que diminuem as nossas potências criadoras de si, então, a solidão enquanto força de resistência também pode ser uma forma de ação, por isso precisamos criar espaços em que a solidão seja potencializada como uma força contra-hegemônica, mas uma solidão-povoada...

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Trecho sobre a amizade no livro "Ame e Dê Vexame", de Roberto Freire".

"Eu sou muito apaixonado pelos meus amigos. A minha paixão por um amigo é quase igual à paixão por uma mulher. Eu os amo profundamente. Não tenho a menor dúvida de que a sensação de amor é a mesma. Eu acho que filho, amigo, irmão, amante é tudo a mesma coisa em termos de quantidade e qualidade de amor. Porque só existe mesmo um único amor, uma só forma de amar, uma única e só energia amorosa que nos faz amar de jeito diferente com cada pessoa, com o tipo de relacionamento que desejamos, livremente, ter com ela. A Natureza nos deu toda uma gama de possibilidades de exercer o amor que vai da genitalidade à espiritualidade. É muito bom poder viver toda essa gama de possibilidades amorosas com toda a gama de possibilidades de pessoas que vamos encontrando por aí...".

domingo, 19 de julho de 2015

Trecho do livro "Ame e Dê Vexame", de Roberto Freire.

"A gente é monogâmico só quando o amor está bom demais. Se ele fica bom, quer dizer, normal, a gente se torna logo poligâmico. Agora, quando está bom demais, não há como pensar em outras coisas, querer outras pessoas. Ficamos ali mergulhados naquela experiência, querendo aprofundá-la, vivê-la por inteiro. Isso deriva daquele negócio da gente, se quer a liberdade, não poder ser uma coisa só. Fritz Perls tem uma frase de que gosto muito: 'Deus me livre das pessoas de caráter.' É que as pessoas de caráter são únicas, não mudam, não evoluem, têm obsessão pela coerência. E a vida não é assim. Na vida você tem de aparentar muita incoerência para poder viver todos os seus lados. Eu me sinto uma incoerência só, hoje em dia. E assim vivo muitas experiências, amo de mil maneiras mil pessoas, e sigo o que a Natureza me impõe. Sem entrar em um modelo, viver a moda, obedecer a padrões. Estou vivendo meus impulsos, minhas funções vitais que às vezes coincidem com as gerais e institucionalizadas, com as que foram classificadas; outras vezes, a maior parte das vezes, não, pareço maluco, dou vexames..."