sábado, 22 de novembro de 2014

Eu so acreditaria em um deus que pudesse ser profanado,

que pudesse ser colocado em questão e que desse-nos a liberdade de que pudéssemos ridicularizá-lo e duvidar da sua existência o tempo inteiro sem que isso se converte-se em qualquer tipo de punição ou castigo, pois um deus que não nos dê a liberdade total de profaná-lo não permitiria a nossa liberdade, como se tudo já tivesse sido programado, determinado, de modo que assim seríamos apenas como uma espécie de robô controlado o tempo inteiro, então, ou temos a liberdade completa de podermos profanar todos os deuses ou não temos liberdade e se não tivermos liberdade não há sentido em existir, por isso, viva a liberdade de profanação!

Para ler ao som dos capixabas do Mukeka Di Rato


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A História nunca se repete,

ou melhor, as histórias nunca se repetem, pois cada dia é sempre inteiramente novo, único, singular, inédito, então, não adianta pensar anacronicamente e esperar pela vinda de novos heróis profetas que irão nos salvar e unificar o mundo, pois nunca existirá de novo Zumbi ou Antônio Conselheiro ou Beato Zé Lourenço, sobretudo, agora que somos cada vez mais misturados pelo multiculturalismo que permite a liberdade de diversas culturas se afirmarem e não apenas a verdade de alguns poucos líderes, de modo que a História não pode mais ser fabricada a partir de um único modo baseado em modelos do passado, mas sim ser dividida em diversas histórias de várias culturas diferentes que renovam-se o tempo inteiro e sempre ao acaso...


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Nossas urgências não cabem nas urnas,

certamente, mas quem foi que disse que caberia? Não podemos ser ingênuos de acreditar que a política com os seus limites irá resolver todos os nossos problemas, mas não é por votar que estaríamos dando carta branca para políticos fazerem simplesmente o que bem entenderem, muito pelo contrário, ao votar aumenta-se a responsabilidade de cobrar candidatos eleitos e continuar indo às ruas e participando dos movimentos sociais independentemente de qual seja o governo, pois apoiar algum candidato pontualmente não significa acreditar que as urgências cabem nas urnas, mas ter a noção de que no mundo em que vivemos algumas urgências dependem também do nosso voto para serem resolvidas e para evitar que algumas urgências fiquem ainda mais urgentes, então, na prática, votar acaba sendo o caminho menos pior, até mesmo porque não votar ou votar nulo não muda nada.

Para ler ao som de "Eu Protesto" - Gritando HxCx.

Resultado das urnas - Carlos Latuff 2014.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Não existe sistema político perfeito,

mas teoricamente a Democracia seria o menos pior porque possibilita que ela mesma seja sempre colocada em questão, pois a Democracia possibilita o espaço das opiniões contrárias também, ou seja, outros sistemas políticos que não possibilitam a liberdade de que eles mesmos possam ser questionados quanto a sua validade, são sempre totalitários, sectários, fascistas, ditatoriais, tirânicos etc., entretanto, na prática, o espaço democrático funciona apenas para algumas poucas pessoas que participam efetivamente em sindicatos, associações de moradores, na Câmara, nas Assembleias, no Parlamento, nos movimentos estudantis, nos movimentos sociais etc. e a grande maioria das pessoas não apenas não participam da vida política, como estão, a bem da verdade, indiferentes, apáticas, alienadas, conformadas, resignadas, de modo que, praticamente, a principal atividade social está quase sempre ligada não à política e sim à economia, com o consumismo massificado de coisas inúteis, descartáveis, fúteis, desnecessárias e assim a participação política, que deveria ser democrática, acaba por ser, na prática, anti-democrática, na medida em que não vivemos efetivamente em democracias, mas em ditaduras econômicas disfarçadas de democracias.

Para ler ao som de: Cova Rasa: Indústria Cultural.


Vote consciente - Arnaldo Branco.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Os homens de profunda tristeza denunciam-se quando são felizes: têm um modo de pegar na felicidade como se quisessem esmagá-la e sufocá-la, por ciúme – ah, sabem bem de mais que lhes foge! 

Friedrich Nietzsche, in "Para Além de Bem e Mal".

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

"O solitário estende depressa demais a mão a quem encontrar". (Nietzsche, Assim Falou Zaratustra).

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

"Busco a independência da mulher, seu direito de se apoiar; de viver por sua conta; de amar quem quer que deseje, ou quantas pessoas deseje. Eu busco a liberdade de ambos os sexos, liberdade de ação, liberdade de amor e liberdade na maternidade." (Emma Goldman).