pois o ciúme se aproxima da inveja, já que o ciúme é "um sentimento simultâneo de amor e de ódio, acompanhado da ideia de outro de quem se tem inveja" (Ética, III, Escólio da Proposição 35). E para ele a inveja é "uma tristeza diante da felicidade de alguém" (Ética, III, 23). O ciúme resulta da "imaginação de que a coisa amada se une a outro, de modo a impedir de fruí-la sozinho" (Ética, III, Proposição 35). O ciúme resultado da imaginação diminui a potência do agir, então o combate ao ciúme é uma afirmação das paixões alegres, que aumentam a nossa potência de existir. Não há nada de positivo no ciúme: é uma tristeza que se transforma em ódio quando o amor parece estar ameaçado, transfigurando-se no oposto do amor.
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