Para ler ao som dos capixabas do Conjunto Musical Merda.
mas quando fui convidado a tomar o chá de ayahuasca em uma praia aqui do Ceará, por acaso cheguei na hora em que acontecia uma reunião dos moradores para discutir e solucionar os problemas da cidade em vários aspectos, contrapondo-se, sobretudo, a projetos bizarros do Governo do Estado em um fórum aberto que algumas das principais lideranças que cuidavam das lutas eram pessoas do Santo Daime que lutam há dezenas de anos naquele lugar, apesar de alguns nem serem brasileiros, assim como tantas outras que encontrei no caminho e que durante o preparo do chá e as outras vivências, dialogaram comigo sobre as lutas coletivas e pessoais do dia-a-dia, inclusive para além do simples humanismo, demonstrando sempre um cuidado com a natureza e ainda que sejam poucas as iniciativas, são grandes, como o desenvolvimento da permacultura, por exemplo, dentre outras coisas, ou seja, se para alguns europeus a religião é sinônimo de alienação, aqui na América-Latina eu vejo outras formas de lutas através das religiões no qual lutar não está dissociado da prática religiosa e ainda que não sejam todos, o pouco contato que tive me foi suficiente para não mais julgar as religiões do ponto de vista eurocêntrico, até porque muitas vezes os materialistas europeus são muito menos engajados nas lutas coletivas, perdendo-se em um individualismo muito mais perigoso do que a alienação religiosa, neste sentido vejo como relativo os conceitos sobre as religiões tanto quanto as religiões, mas para mim isso acaba sendo o menos importante, pois não me importa qual o credo ou a falta de credo que se tenha, e sim as práticas cotidianas, que para mim são muito mais critério de verdade do que qualquer teoria religiosa ou científica.
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